Sex and the City – A Baía dos Porcos Casados

Foi me dada a incumbência de ressuscitar essa categoria esquecida do nosso blog. A ideia é discutir os temas abordados em cada um dos episódios da série Sex and The City. Sabe quando encontramos em séries e filmes personagens das nossas vidas reais? Então, neste caso, entre as amigas, eu sempre fui comparada à Carrie – personagem central que escreve a coluna que dá nome ao seriado. Nada mais justo do que me fazer exercer o meu papel, escrevendo um post sobre o assunto, certo?

O título do terceiro episódio da primeira temporada faz referência à Baía dos Porcos, em Cuba. Uma mal sucedida tentativa de invasão ao país de regime ditatorial, em 1961, feita por mais de mil e duzentos exilados cubanos apoiados pelo governo americano, fez da Baía dos Porcos famosa no mundo todo. A metáfora ilustra a ‘guerra’ entre solteiros e casados, tema central do episódio.

Pessoas casadas se sentem ameaçadas pela liberdade dos solteiros? E os solteiros? Têm inveja das alegrias que a vida a dois proporciona? A discussão da coluna de Carrie nesse episódio gira em torno dessas questões. A personagem Miranda chega até a fingir fazer parte de um casal homossexual quando percebe que isso faz com que ela seja melhor aceita por seus colegas de trabalho. Como se, por ser solteira, ela se transforme em uma exilada tentando invadir o mundo dos casados.

E na vida real, quantos não são os casais infelizes que vivem de aparências por puro medo de voltarem a ser sozinhos? Quantos solteirões convictos não levantam a bandeira da liberdade a qualquer preço, enquanto secretamente desejam ter alguém que lhes dê carinho? Por isso, acho que de todas as metáforas usadas no episódio, a melhor é a da guerra da Irlanda do Norte. Como os irlandeses, casados e solteiros são basicamente iguais, mas de alguma forma terminaram em lados diferentes. Todos queremos, apenas, ser felizes. E cada um de nós tenta encontrar a tal felicidade a seu modo.