Se Beber Não Case 2

 

É muito difícil eu gostar de algum filme do gênero comédia. Na verdade, não é difícil eu gostar, eu posso até gostar do filme, mas é difícil eu achar graça, dar risada de verdade. Não acho graça em comédia pastelão, onde o personagem simplesmente leva um tombo e faz uma careta. Gosto de vários filmes do gênero comédia-romântica, mas não necessariamente dou risada das cenas que deveriam ser engraçadas. Acho tudo muito forçado, os personagens criados para serem engraçados muitas vezes não parecem reais, ficam muito caricatos, como Jim Carey em “O Pentelho”, por exemplo. Aliás, gosto mais de Jim Carey nos filmes dramáticos, apesar de que eu dei boas risadas no filme “As Loucuras de Dick and Jane”, esse sim é um filme engraçado.

Pode ser também que ‘achar graça’ tenha a ver com o estado de espírito na hora de assistir o filme, ou com quem e onde você assiste. Se estiver no cinema e todos começarem a dar risada, é mais provável que você ache alguma graça também.

Enfim, além de “As Loucuras de Dick and Jane”, lançado há 06 anos, o último filme do qual me lembro de ter gostado bastante e ter dado muita risada, foi “Se Beber Não Case” (trailer aqui), lançado em 2009. O filme foi um sucesso nos EUA e aqui no Brasil, ouvi muitos comentários positivos antes de assistir, muitas pessoas dizendo que o filme era bom e engraçado, o que para mim é prejudicial, e vou explicar porque. Não gosto de ouvir comentários e nem ler as críticas antes de assistir aos filmes, só leio a sinopse, pois involuntariamente crio expectativas em relação ao filme quando alguém fala bem, e isso acaba estragando a minha impressão imparcial, pois o filme na maioria das vezes não supera as expectativas que criei ao ouvir os elogios. O contrário também acontece, quando um filme é muito criticado, depois que assisto acabo achando que não era tão ruim assim (óbvio que tem os que são um desastre mesmo).

Assisti “Se Beber Não Case” no cinema, com uma amiga. Nós duas nos surpreendemos com o filme e com o fato de que realmente demos risada em várias partes. Apesar da sala estar com menos da metade dos lugares ocupados, as pessoas que estavam lá acharam muita graça do filme, o que pode ter contribuído um pouco para eu achar também, mas não tira o mérito do filme. A história é boa e o ator Zach Galifianakis, que interpreta o personagem Alan Garner, irmão da noiva, é a revelação do filme, o mais engraçado (depois do sucesso deste filme, Zach protagonizou o filme “Due Date”, ao lado de Robert Downey Jr.).

Esta semana foi divulgado o teaser de “Se Beber Não Case 2”. Fiquei com o pé atrás. A maioria das seqüências feitas de filmes que são bons acabam sendo um fracasso. Nunca superam o primeiro e, às vezes, até estragam a impressão que tínhamos dos personagens. Pior ainda aqueles que possuem continuações que não são com os mesmos atores (salvo raríssimas exceções, como os últimos filmes do Batman). Será que vão estragar uma das únicas comédias que me fez rir? Ou será que a continuação será igualmente divertida? É esperar para ver.

3 comentários Adicione o seu

  1. Carol Sixx disse:

    Amei esse filme, tbem um dos poucos que me fez rir.. lembra que assistimos um filme argentino de um casal de velhinhos? Morremos de rir. Adorei o texto. Estou com medo dessa sequencia tbem. beijos

    1. SilviaZardo disse:

      Bem lembrado Carol! O filme argentino muito engraçado que assistimos é “Elsa & Fred”, e os dois velhinhos eram vizinhos. Muito bom, recomendo também. Bjs

  2. Edeli Silveira Zardo disse:

    Achar graça tem a ver com a pessoa que assiste. Por exemplo, conheço pessoas que dão gargalhadas com “Chaves” e outras bobagens do tipo…

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